sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Notícias da Casa das Áfricas

Economia

A crise financeira na África: O mercado vai bem, os clientes nem tanto

J.C. Servant

O mundo das finanças africanas parece se esquecer de um dado essencial: a saúde econômica da clientela local frente à qual alardeia o bom estado de seus bancos, os benefícios conseguidos pelas desregulações e os lucros dos pequenos acionistas. A nova classe média do continente foi a primeira que acreditou nas virtudes do novo modelo econômico e uma vez estabelecida a economia liberal tornou-se o protótipo da África moderna. Mas após acumular uma panóplia de bens caros está cada vez mais difícil para essas famílias manter seu estilo de vida. A conjunção de uma classe média decepcionada por seus líderes de opinião e uma maioria da população esquecida pelos proveedores de fundos poderia revelar-se socialmente explosiva. (Foto: sem-teto em Johannesburg) Leia mais

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Etiópia

Etiópia: Três milênios de lendas e de história

Jasmina Sopova


Celebrou-se recentemente a devolução à Etiópia, por parte do governo italiano, do monumento de pedra de dezessete séculos de antigüidade que as tropas de Mussolini levaram a Roma em 1937. O oblelisco de Axum foi reinstalado na sua localização original, ao norte da Etiópia. Diz-se que ao levar a lápide gigante Mussolini teria querido se vingar da derrota infligida em 1896 às tropas coloniais italianas en Adua, ao norte da Etiópia.
Três parques de lápides gigantes, um labirinto de túmulos reais, vestígios do palácio da rainha de Sabá, uma "pedra de Rosetta etíope", a Arca da Aliança que continha as tábuas dos dez mandamentos: um incrível tesouro que oscila entre o mito e a história, esconde-se em Axum, cidade da Etiópia antiga, que padeceu tantos saques, pilhagens e incêndios. (Foto: detalhe de uma pintura mural na igraja Narga Selassie) Leia mais

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A civilização de Axum do século I ao século VII | F. Anfray

Axum cristão | Tekle Tsadik Mekouria

Educação

Raça, gênero e educação no Moçambique colonial, 1910-1930

Valdemir Zamparoni


Em Lourenço Marques (Maputo), emergiu com a dominação colonial uma camada social de negros e mulatos que, pouco a pouco, passou a se articular como grupo e a fazer reivindicações, passaram a defender a extensão do ensino a toda a Colônia. Também julgavam que era preciso difundir a educação feminina, quer em relação às práticas ancestrais, quer modernas. Num meio social marcado pelo racismo o tema da separação racial dos alunos ganhou as ruas. O Estado Novo oficializou a separação em 1930. A pequena burguesia negra e mulata reagiu fortemente a estas práticas excludentes. (Foto: alunos e alunas da Missão de Magude, Moçambique) Leia mais

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