domingo, 31 de outubro de 2010

Falecimento de Ildásio Tavares - poeta, Obá de Xangô e Ogã de Oxum


A TARDE On Line
O poeta Ildásio Tavares, 70 anos, faleceu às 17h deste domingo, 31. Ele estava internado no Hospital Jorge Valente, em Salvador, desde o dia 27 deste mês. Tavares sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Natural da Fazenda São Carlos, hoje cidade de Gongigi, na Bahia, em 1962 se formou em Direito, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e, em 1969, se formou em Letras também pela UFBA, seguindo carreira como professor de Literatura. Foi tradutor e professor de inglês e literatura americana durante 19 anos.

Além de poeta, contista e professor, Tavares também compôs músicas, algumas delas gravadas por Maria Bethânia, Alcione, Vinícius e Toquinho e Nelson Gonçalves. Ildásio Tavares se inspirou nas questões sociais para escrever. Publicou 42 livros, sendo destes, 15 de poesias.
Ao longo de sua trajetória, Tavares recebeu uma série de prêmios e títulos por seu trabalho como tradutor, ensaísta e poeta. Foi o autor da ópera afro-brasileira “Lídia de Oxum”, levada às margens da Lagoa do Abaeté, em Salvador, para um público de cerca de 30 mil expectadores.
Ildásio Tavares teve três filhos, o administrador de empresas Josias Marques, o radialista Ildásio Tavares Jr. e o diretor teatral Gil Vicente. De acordo com familiares, o local e horário do sepultamento ainda não foram definidos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobre a atrocidade no assentamento D. Helder

Recebemos a seguinte comunicação de uma colega que tem transito por Ilhéus:

- O Professor da UESC e Advogado Valdir Mesquita já adotou medidas cabíveis junto à Justiça.
- O Deputado Estadual Valmir Assunção (ex-secretario de combate à pobreza) intermediou contato com os órgãos responsáveis no âmbito estadual.  Ele já solicitou oficialmente que a Secretaria de Justiça e Cidadania adote providências e encaminhou ao Governador Wagner e à Secretaria de Segurança Pública um pedido para que os fatos sejam apurados e proceda a devida punição.

Contatos também foram feitos com o Núcleo Afro da PM na Bahia
 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

RACISMO – INTOLERÂNCIA RELIGIOSA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER – ABUSO DE AUTORIDADE-TORTURA


Sábado dia vinte e três de outubro de 2010, por volta das 14: 00 hora, um pelotão da Polícia Militar da Bahia, invadiu o assentamento D. Helder Câmara, em Ilhéus, levando a comunidade de trabalhadores e trabalhadoras rurais a viverem um momento de terror, tortura e violência racial.

Os fatos: Ao ser questionado pela coordenadora do assentamento e sacerdotisa (filha de Oxossi) Bernadete Souza, sobre a ilegalidade da presença do pelotão da polícia na área do assentamento, por ser este uma jurisdição do INCRA – Instituto Nacional e Colonização de Reforma Agrária e, portanto a polícia sem justificativa e sem mandato judicial não poderia estar ali. Menos ainda, enquadrando homens, mulheres e crianças, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil, o que se constitui numa grave violação de direitos humanos. Diante deste questionamento, o comandante alegando “desacato a autoridade”  autorizou que Bernadete fosse algemada para ser conduzida à delegacia. Neste momento o orixá Oxossi incorporou a sacerdotisa que algemada foi colocada e mantida pelos PMs Júlio Guedes e seu colega identificado como “Jesus”, num formigueiro onde foi atacada por milhares de formigas provocando graves lesões, enquanto os PMs gritavam que as formigas eram para “afastar satanás”.

Quando os membros da comunidade tentaram se aproximar para socorrê-la um dos policiais apontou a pistola para cabeça da sacerdotisa,  ameaçado que se alguém da comunidade se aproximasse ele atirava. Spray de pimenta foi atirado contra os trabalhadores. O  desespero tomou conta da comunidade, crianças choravam, idosos passavam mal. Enquanto Bernadete (Oxossi)  algemada, era arrastada pelos cabelos por quase 500 metros e em seguida  jogada  na viatura, os policiais numa clara demonstração de racismo e intolerância religiosa, gritavam “fora satanás”! Na delegacia da Polícia Civil para onde foi conduzida, Bernadete ainda incorporada bastante machucada foi colocada algemada em uma cela onde havia homens, enquanto policias riam e ironizavam que tinham chicote para afastar “satanás”, e que  os Sem Terras fossem se queixar ao Governador e ao Presidente.
A delegacia foi trancada para impedir o acesso de pessoas solidarias a Bernadete, enquanto os policias regozijavam – se relatando aos presentes que lá no assentamento além dos ataques a Oxossi (incorporado em Bernadete) também empurraram Obaluaê manifestado em outro sacerdote atirando o mesmo nas maquinas de bombear água. Os policias militares registraram na delegacia que a manifestação dos orixás na sacerdotisa Bernadete se tratava de insanidade mental.
A comunidade D. Hélder Câmara exige Justiça e punição rigorosa aos culpados e conclama a todas as Organizações e pessoas comprometidas com a nossa causa.
Contra o racismo, contra a intolerância religiosa, contra a violência policial, contra a violência à mulher, pela reforma agrária e pela paz.

Projeto de Reforma Agrária D. Hélder Câmara
Ylê Axé Odé Omí Uá

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ONU seleciona consultoria para coordenação de pesquisa sobre comunidades negras rurais

ENSP, publicada em 22/10/2010

O Unifem Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher - parte da ONU Mulheres), por meio do Programa Regional Gênero, Raça, Etnia e Pobreza, seleciona até 1º de novembro consultoria para coordenação de pesquisa sobre aspectos socioeconômicos, políticos, educacionais, alimentares e culturais de comunidades negras rurais no Brasil, Colômbia, Equador e Panamá.

O(a) profissional selecionado(a) deverá ter mestrado ou doutorado nas áreas de Ciências Sociais, conhecimento nos temas de raça, gênero e geração. É exigida experiência de cinco anos junto a comunidades afro-rurais da região, dedicação exclusiva ao projeto, domínio dos idiomas Espanhol e Português, entre outras habilidades e conhecimentos. É estimulada a candidatura de pessoas negras neste processo seletivos. A consultoria será desenvolvida no período de novembro de 2010 a maio de 2011.

A contratação se dá no âmbito da parceira entre UNIFEM-ONU Mulheres, Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e SEGIB (Secretaria Geral Iberoamericana), tendo também como responsáveis técnicos o Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e a Agência Brasileira de Cooperação.

Os/as interessados/as devem enviar sua proposta de custo total da consultoria, currículo e Personal History Form preenchido até 01 de novembro de 2010 para o endereço eletrônico danielle.valverde@unifem.org especificando no assunto da mensagem: consultoria coordenação geral.
 

domingo, 24 de outubro de 2010

SALVE AMIGOS E AMIGAS DO SARAU BEM BLACK E DA BLACKITUDE


Na próxima quarta, dia 27 de outubro, teremos uma edição especial do Sariu Bem Black, com nosso primeiro lançamento de livro:
A Rainha do Cine Roma" do escritor mexicano Alejandro Reyes, Haverá também o filme "A música é a arma" (doc sobre Fela Kuti
e o Afrobeat); bate papo sobre Moivimento Zapatista e processo de Autonomia com Alejandro Reyes e Robson Véio e muita poesia. 
Convido-o a participar dessa programação com a gente e aproveito para pedir uma força na divulgação, repassando este e-mail para 
tia alista e alertando os parceiros potencialmente interessados na demanda no velho e imortal correio nagô.
Segue informações em nexo!

A Vibração Poética da Blackitude  é Positiva!!
Com Respeito,
Nelson Maca

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Obra do IPAC é destaque da TVE - Pinturas do século 19 foram encontradas durante restauração.

Clique no LINK abaixo para assistir!

Código: 2010.388332
Data: 19/10/2010
Hora: 19:28:00
Duraçao: 00:01:58
Emissora: TVE BAHIA
Programa: TVE NOTÍCIA
Âncora: MARIANA MACHADO
Categoria: INFORMATIVO
Sinópse: Durante processo de restauração da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, foi encontrado
pinturas em bom estado de conservação do século XIX.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Chamada para artigos, entrevistas, poemas, narrativas ficcionais e artes visuais: Afro-Hispanic Review: edição especial sobre cultura afro-brasileira

Entender a identidade afro-brasileira contemporânea requer tanto

uma volta ao passado como uma análise do presente. O movimento

negro brasileiro mantém uma longa tradição em promover a

consciência racial e denunciar os preconceitos da sociedade

brasileira. Desde a FNB (Frente Negra Brasileira) nos anos 30,

até o MNU (Movimento Negro Unificado) nos anos 70, da rejeição do

mito da democracia racial à emergência de políticas de ação

afirmativa, ativistas políticos negros têm lutado pela igualdade

racial. Movimentos afro-brasileiros têm, através da história,

forjado suas metas na intersecção de práticas culturais e ações

políticas. No século dezenove, o poeta e advogado Luiz Gama lutou

contra a instituição escravocrata  através da literatura e da

lei. Nos anos 40 e 50, Abdias do Nascimento, escritor, acadêmico

e político negro, encenou suas peças teatrais que celebravam a

cultura afro-brasileira e denunciavam o racismo. Nos dias de

hoje, uma nova geração de escritores afro-brasileiros  –  tais

como Edimilson de Almeida Pereira, Cuti, Ronald Augusto, Ricardo

Aleixo, Conceição Evaristo, Miriam Alves, entre tantos outros –

continuam a tradição de produzir contra-discursos críticos que

refletem os movimentos sociais, a história, as culturas, as

éticas e estéticas afro-brasileiras.



A próxima edição especial da revista Afro-Hispanic Review terá

como tema as artes, história e culturas afro-brasileiras. Artigos

serão aceitos em português, inglês, ou espanhol. Encorajamos

especialmente artigos acadêmicos com abordagens

interdisciplinares, além de textos ficcionais e poéticos, e artes

visuais.



O prazo final de envio de artigos é  1º de outubro de 2010.



Serão avaliados artigos de uma míriade de tópicos e períodos

históricos de todas as disciplinas da área de humanas, que podem

incluir, mas não estão limitados, aos seguintes temas:



 A produção literária afro-brasileira;

 Cinema, teatro, artes performáticas e música afro-brasileira;

 Literatura oral do Candomblé, Umbanda, e outras cosmologias

 afro-brasileiras;

 A identidade negra e sua representação nos tópicos acima;

 A instuitição da escravatura e os movimentos escravos no Brasil;

 Raça, racismo e direitos humanos no Brasil;

 Política negra brasileira;

 Raça em abordagens comparativistas (Brasil e E.U.A, Caribe ou a

 América Latina Hispânica).



Índice

 Padê e libação homenageando ícones da história e cultura

 afro-brasileira

 Prefácio das editoras convidadas: Emanuelle K. F. Oliveira

 (Vanderbilt University) e Isis Costa McElroy (Arizona State

 University)

 Artigos acadêmicos

 Escrita criativa: contos e poemas

 Entrevista(s)

 Fotografia/ Artes visuais



Os artigos devem obedecer às normas da terceira edição do MLA

Style Manual (2008). Artigos acadêmicos devem ter aproximadamente

6,000 palavras. Não há extensão mínima estipulada para os textos

criativos e para as entrevistas, mas estes não devem exceder

6,000 palavras.



Estimulamos a submissão de trabalhos através de e-mail. Este tipo

de submissão permite maior agilidade no processo de revisão. Para

isso, será necessário o envio dos arquivos contendo o texto,

imagens e página título para o endereço eletrônico da revista:

editor@afrohispanicreview.com. Favor digitar no campo assunto:

“Afro-Hispanic Review: Special Issue on Afro-Brazilian Culture”.

Os trabalhos serão encaminhados a pareceristas para avaliação,

devendo manter anonimato mútuo; assim sendo, não podem conter

referência explícita a autoria. Solicitamos que informações sobre

o autor – nome, endereço, telefone, e endereço de e-mail  –

sejam incluídos numa página título à parte. A assinatura à

revista não é obrigatória, somente recomendada. A Afro-Hispanic

Review é uma publicação bienal do departamento de Espanhol e

Português da Vanderbilt University. A taxa de assinatura anual

para indivíduos é de US$40 para residentes dos E.U.A., US$50 para

residentes do exterior; US$80 para instituições nacionais, e

US$90 instituições internacionais. Cheques devem ser feitos à

ordem de Afro-Hispanic Review. Solicitações de manuscritos e
assinaturas devem ser enviadas ao editor.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Orúko - Memórias e Heranças Negras

De 3 a 5 de novembro de 2010, a Secretaria da Educação – SEC/BA, através do Instituto Anísio Teixeira – IAT, se une às celebrações do Mês da Consciência Negra e realiza o Orúko - Memórias e Heranças Negras – evento com diversas atividades que trazem à tona as discussões sobre a identidade africana e afro-brasileira e sua memória de luta pela igualdade.  A iniciativa, voltada para professores e alunos da rede pública de enisno, conta com a parceria do Ministério Público da Bahia – MP/BA e da Coordenação de Educação para as Relações Etnicorraciais e Diversidade da SEC/BA.
De origem iorubá (ou yorùbá, idioma de origem africana), orúko significa uma pergunta muito comum: qual é o seu nome? Mas, no Mês da Consciência Negra, o questionamento impacta uma resposta de relevância social. Segundo Josemara Souza, representante da equipe organizadora do evento, o Orúko é um chamado para a aceitação e a valorização da identidade negra. É a auto-afirmação de toda a contribuição cultural e científica que mulheres e homens negros têm produzido na Bahia, no Brasil e no mundo, mas que ainda são pouco divulgadas e reconhecidas pela sociedade.
 “Normalmente, a imagem dos negros é estereotipada pelo apelo ao exótico. Temos o legado de beleza, dança, religião e música, mas também temos a literatura, a ciência, a produção intelectual. Obras que precisam sair do gueto, serem fortalecidas, divulgadas e reconhecidas amplamente”, explica Josemara, que cita exemplos como Milton Santos, Manuel Querino, Mãe Stella de Oxossi e a primeira juíza negra do Brasil, Luislinda Valois.
Orúko Memórias e Heranças Negras integra as diversas ações formativas da SEC/IAT que objetivam fomentar na rede pública de ensino o debate sobre a importância da cultura do povo negro na história brasileira. Mais uma iniciativa que discute questões pertinentes à aplicação das leis federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que incluem no currículo oficial da Educação Básica a obrigatoriedade das temáticas "História e Cultura Afro-Brasileira" e “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, respectivamente.
Um dos destaques do evento é a proposta de compartilhar os conhecimentos de pesquisas etnográficas com enfoque no acervo literário afro-brasileiro. As atividades objetivam expor o cenário da África transplantada à Bahia e a sua relação histórica e social com o patrimônio imaterial baiano; a apresentação dos autores da literatura africana que se dedicam à valorização da memória social de culturas africanas; além da interpretação de contos afro-brasileiros para conhecer o contexto sociocultural e a dinâmica pedagógica do legado africano do Brasil.
Os trabalhos ainda conduzirão o público a descobrir, nos signos linguísticos do português brasileiro, os “aportes” e “decalques” africanos presentes em contos afro-brasileiros e discursos cotidianos do baiano. A perspectiva é identificar possíveis enfoques temáticos nos textos da literatura africana do Brasil, visando a transformação do currículo etnocêntrico europeu em um currículo de valorização da diversidade cultural.
Para isso, a programação conta com realização de mesa-redonda para debate, oficinas pedagógicas de linguagem cênica com recriação de contos afro-brasileiros e videoconferência sobre estratégias para implementação das leis 10.639/03/ e 11.645/08 nas escolas. Também serão apresentadas as experiências das escolas públicas estaduais que foram beneficiadas com projetos realizados por professores da rede, participantes do curso de história e cultura africana e afrobrasileira - Agora a História é outra, oferecido pela SEC/IAT. O público poderá apreciar ainda a exposição de fotos das ações e projetos desenvolvidos pela Coordenação de Educação para as Relações Etnicorraciais e Diversidade da SEC/BA e pelas escolas públicas participantes.
Programação
03 de novembro de 2010 
8h30 às 12hOficina Pedagógica de Linguagem Cênica com recriação de Contos Afro-Brasileiros
Profa. Janice Nicole
13h30 às 17h30
Oficina Pedagógica de Linguagem Cênica com recriação de Contos Afro-Brasileiros
Profa. Janice Nicole
04 de novembro de 2010
8h30
Apresentação cultural
8h50 às 12h
Videoconferência: Agora a História é outra: desafios e estratégias para implementação da Lei 10.639/03/11.6645/08
12h às 14h
Almoço
14h às 17h30
Apresentação das ações exitosas sobre a implementação da Lei 10.639/03
05 de novembro de 2010
8h30
Apresentação cultural
9h às 12h
Apresentação das ações exitosas sobre a implementação da Lei 10.639/03
12h às 14hAlmoço
14h às 17h30
Apresentação das ações exitosas sobre a implementação da Lei 10.639/03
Obs: Teremos lanche pela manhã e tarde, e almoço nos dois dias.
Local: Instituto Anísio Teixeira (Estrada das Muriçocas, s/n, Paralela, Salvador- BA)

Simpósio Culturas Africanas, Expressões Identitárias e Trânsitos Culturais


TERÇA-FEIRA, DIA 19/outubro/2010
15 horas - Mesa-Redonda “Expressões Identitárias e Trânsitos Culturais”
Dr. José Luiz Cabaço (Universidade Técnica de Moçambique),
Profa. Dra. Laura Cavalcante Padilha (UFF),
Profa. Dra. Moema Parente Augel (Alemanha)
Profa. Dra. Rita Chaves (USP)

17 horas - Conferência “Exercícios sobre um texto de ficção: Quem me dera ser onda
Escritor Manuel Rui Monteiro (Angola)
Sessão de Abertura do SePesq 2010.

LOCAL: Auditório do PAF 3 Campus de Ondina UFBA
ENTRADA FRANCA limitada ao espaço

Promoção: PPGLitC / UFBA; Departamento Campus XXIII - Seabra /UNEB
Grupo de Culturas Africanas/ILUFBA
SePesq 2010 ILUFBA

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Lançamento de livro, exposição fotográfica e seminário sobre a nação angola na Bahia

No próximo dia 19, das 19 às 22 horas, no Museu Carlos Costa Pinto, será lançado o livro A Casa dos Olhos do Tempo que fala da Nação Angolão Paquetan. Com a coordenação editorial do fotógrafo Aristides Alves, a obra resgata a história da nação Angolão Paketan, a partir do terreiro de Mutá Lambô ye Kaiongo, localizado em Cajazeiras XI e liderado pelo tata de inquice Mutá Imê.
 Além disso, o livro traz um texto do doutor em antropologia Renato da Silveira sobre a história da constituição do candomblé de nação angola no Brasil. Já a jornalista e mestre em Estudos Étnicos e Africanos, Cleidiana Ramos, escreveu sobre a história da família de santo do terreiro de Mutá Lambô ye Kaiongo.
 A obra traz também informações sobre as comidas sagradas; o uso das plantas, com análise dos biólogos Aion Sereno Alves e Ana Paula de Sales S. Alencar; ilustrações dos inquices (as divindades do culto angola) feitas por Marco Aurélio Damasceno, além de um CD com os cantos sagrados da nação que teve direção musical de Tuzé de Abreu.
 As fotografias que ilustram o livro são de autoria de Aristides Alves e serão exibidas em uma exposição que será realizada de 20 de outubro a 20 de novembro no Museu Carlos Costa Pinto.
 Também no museu acontecerá um seminário no dia 21 de outubro às 19h30 intitulado A Nação Angola na Bahia, com a participação do tata de inquice Mutá Imê, Renato da Silveira, Cleidiana Ramos, Jaqueline Freitas, da Fundação Palmares e Paula Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Afro Orientais da Ufba (Ceao) e do Instituto Nzinga.
 A Casa dos Olhos do Tempo que Fala da Nação Angolão Paquetan foi realizado com apoio do Ministério da Cultura, via a Fundação Cultural Palmares. Os exemplares  serão distribuidos  gratuitamente para instituições que realizam pesquisas sobre a cultura e a religião afro-brasileira.

Palestrantes:
Mutá Imê- Tata de Inquice do Terreiro de Mutalambô ye Kaiongo
Renato da Silveira- Doutor em Antropologia e professor da Ufba
Cleidiana Ramos- Jornalista e mestre em Estudos Étnicos e Africanos
Jaqueline Freitas- Jornalista, pós graduada em História e em Educação e representante da Fundação Palmares
Paula Barreto-Diretora do CEAO-UFBA e do Instituto Nzinga

Serviço:
 O quê: Lançamento do Livro A Casa dos Olhos do Tempo que fala da Nação Angolão Paquetan
Quando: 19 de outubro das 19 às 22 horas
Local: Museu Carlos Pinto, Av. 7 de setembro 2490- Vitória.
Telefone: 3336-6081
Apresentação dos Cantos Sagrados da Nação Angolão Paquetan e da Orquestra de Berimbau do Grupo Nzinga
O quê? Exposição: O Terreiro de Mutalambô ye Kaiongo
Quando: De 20 de outubro a 20 de novembro, de segunda a sábado (exceto terça-feira, domingos e feriados). Das 14h30 às 18 horas
 O quê: Seminário A Nação Angola na Bahia
Quando: 21 de outubro às 19h30
Local: Auditório do Museu Carlos Costa Pinto.
 
Mais informações:
Aristides Alves: (71) 8868-3596  3247-3596
Tata de Inquice Mutá Imê- (71) 8748-6136
Janja: 9609-0106

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Livro Obarayí - a preço de custo

Exemplares do livro Obarayí estão à venda a preço de custo. Os resultados de venda serão utilizados para financiar um projeto social. Para maiores informações, ligue para +55 71 8807 2763 ou mande um email para info (arroba) 5star.com.br

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Edital concurso HISTORIA da AFRICA - Salvador - Bahia

Saiu o Edital do Concurso Público para Professor Adjunto (doutorado)
em História da Africa, da Universidade Federal da Bahia.
Os/as candidatos/as deverão ter titulação em História ou áreas afins e
serão avaliados segundo a sua atuação acadêmica na área de
conhecimento do concurso: História da África.
Por favor divulguem ao máximo esta informação.
Cronograma do concurso sairá em breve.

http://www.concursos.ufba.br/docentes/2010/editais/edital-04-2010_ssa-vc.pdf
 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SEMINÁRIO DO ETNóLOGO JEAN-YVES LOUDE : ENCONTROS AFRICA X EUROPA X BRASIL

O Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA (IHAC) e o SCAC Salvador, com apoio da Région Rhône-Alpes recebem o etnólogo, escritor e viajante Jean-Yves Loude para dois seminários O encontro da África e da Europa (4 de outubro) e Pepitas brasileiras (5 de outubro).
Durante vinte anos, Jean-Yves Loude e sua mulher, Viviane Lièvre, ambos etnólogos, percorreram os países africanos de língua portuguesa. Da efervescência musical em Cabo-Verde ao teatro ritual nas ilhas de São Tomé e Príncipe, do Mali medieval a Lisboa, cidade negra, eis o longo caminho de um escritor viajante a procura da resistência das culturas populares. Se hoje, todos os limites do nosso mundo parecem ter sido alcançados, uma das razões urgentes de viajar ainda seria de explorar uns esconderijos das nossas memórias enterradas, ocultadas e mesmo assassinadas. Nas suas narrativas de viagem, o escritor e etnólogo Jean-Yves Loude dirige investigações quase policiais sobre as consequências imprevistas das Grandes Descobertas portuguesas e salientam a emergência de várias culturas nascidas entre povos oriundos das bodas brutais da Europa com a África, manifestações de resistência que, incontestavelmente, fazem parte do patrimônio da humanidade.
Após anos de viagem pela África chegou a hora dessas buscas prosseguirem no Brasil, cuja notória vitalidade provém, em grande parte, da impetuosa vontade de sobreviver sentida por milhões de Africanos e seus descendentes submetidos à escravidão durante séculos. Mais uma vez, Jean-Yves Loude e Viviane Lièvre resolvem viajar por trás da fachada da História oficial e da muralha dos preconceitos redutores, ao encontro dessa criatividade dos Afro-descendentes, que merece atenção e reconhecimento por sua participação essencial na edificação da identidade do Brasil. Do Rio de Janeiro a São Luís do Maranhão, passando pelos Estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, o casal francês irá em busca de figuras, personalidades mortas ou vivas, vultos negros anônimo s ou pouco reconhecidos, músicos, poetas das ruas, quilombolas, fiéis de cultos sincréticos, artistas autodidatas, na esperança de, finalmente, chegar aos sítios arqueológicos onde repousa hoje, intensamente, a questão sobre as origens dos primeiros Brasileiros.
Jean-Yves Loude, filho de Jules Verne, irmãozinho de Tintin, conta, lê, explica seu processo criativo literário, traz sons e músicas inéditas e provoca bate papo com a platéia. Desde adolescente, Jean-Yves Loude só pensa em viajar o mundo. Lendo Alexandra David-Neel, Kipling, Kessel, Jules Verne e Tintin, ele também pretende se tornar explorador. Aos vinte, deixa a Europa para Índia, Nepal, Paquistão, Afeganistão e Irã. Passa dois anos no Himalaia, roda Cabo Verde, escala a montanha de Tintin no Tibete ou o monte Camarões, investiga em Tombucutu ou em Lisboa. Também foi visto em Montreal e avaliou o mito da fun dação de Brasília. Mas a cada vez, volta feliz à sua terra de Beaujolais onde ele escreve para os grandes e os jovens para compartilhar suas experiências. Jean-Yves Loude publicou mais de quarenta livros, muitos dos quais na editora Actes Sud.
 
Seminário e bate papo com o etnólogo e escritor Jean-Yves Loude
04.10, 14h, O encontro da África e da Europa
05.10, 14h, Pepitas brasileiras
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da UFBA, PAF I (campus Ondina)
entrada franca