sábado, 24 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Agenda Pelourinho Cultural

Semana 19/10 a 25/10

19, segunda – Cortejo Afro
Com elegância, alto-astral e roupas exuberantes, o grupo mistura influências africanas a batidas eletrônicas.

:: 20h, Gratuito, Largo Tereza Batista
20, terça - Ana Paula Albuquerque
Depois de realizar apresentações de jazz em São Paulo, a cantora retorna a capital baiana para apresentar o novo show “Assim com ela”. No repertório canções inéditas dos parceiros Ivan Huol, Gil Vicente Tavares, Ivan Bastos e Sandra Loureiro.

:: 21h, Gratuito, Largo Tereza Batista

20, terça – Samba Chita Fina
Ana Paula Albuquerque


Formado por sete mulheres baianas, o grupo apresenta no show a diversidade musical que varia desde o samba do recôncavo baiano, samba-rock e MPB.
:: 21h, Gratuito, Largo Quincas Berro D’Água

21, quarta – Banda On The Floor
Revelado no ano passado em Salvador e fortemente influenciado pela música eletrônica, o grupo traz no seu repertório, além de muita house music, hits radiofônicos e músicas que fazem parte do imaginário popular em levadas como o drum´n bass, hip hop e o reggaeton.

:: 21h, Gratuito, Largo Tereza Batista


21, quarta – O Mundo Encantado da Leitura


O espetáculo voltado para o público infantil, conta a história de Dudu, um garoto solitário que descobre o fascinante mundo dos livros. Com esta montagem o Grupo Cultural de Integração Social (GIS) estimula o hábito da leitura em crianças e adolescentes.


:: 9h30 às 11h30 e 13h30 às 16h30, Gratuito, Largo Pedro Archanjo

22, quinta - Afrodisíaco

Jau dá continuidade à temporada de ensaios que agitaram o Pelourinho durante o mês de julho. No repertório grandes sucessos da MPB como Drão e Alegria, Alegria, além de canções do compositor que já ganharam o público como Topo do Mundo e Flores da Favela.
:: 21h, R$ 30, Largo Tereza Batista
Pontos de venda: Ticketmix e Pida!

22, quinta – Pelô Pé de Serra: Neto Lobo e a Cacimba
Apresenta shows de forró com bandas que agitam o cenário baiano, buscando um resgate de ritmos de raízes nordestinas, como o forró pé de serra, xote e baião.

:: 20h, Gratuito, Largo Quincas Berro D’Água

22, quinta – Orquestra Maestro Zeca Freitas

O compositor, arranjador e músico Zeca Freitas apresenta o seu projeto de orquestra popular que já ganhou destaque na capital e no interior da Bahia.

:: 21h, Gratuito, Largo Pedro Archanjo


24, sábado – Feira de Antiguidades

O evento exibe louças, cristais, santos, objetos de artes decorativas e móveis. Composto por antiquários, tem como propósito apresentar os variados produtos encontrados na Rua Ruy Barbosa - no Centro Antigo.

:: 10h, Gratuito, Cruzeiro

24 e 25, sábado e domingo – Bigbands Festival
Realizado pela segunda vez em Salvador, com a proposta de fomentar a cena cultural independente na Bahia. Nesta edição, participam bandas e artistas locais e nacionais.

Programação:
* dia 24
Demoiselle
Pastel de Miolo
Tom Bloch
Messias
Frank Jorge
Nancy
* dia 25
Morticia
Yunfat
Julia Says
Os Irmãos da Bailarina
Black Drawing Chalks
Estrada Perdida

:: 20h, Entrada: Doação de um livro para o Criar, Largo Tereza Batista

MAIS INFORMAÇÕES:


Texto&Cia Comunicação e Marketing
(71) 3341-2440
Caíque Gonçalves (71) 8631-1806 – caique@textoecia.com.br
Lara Prado (71) 8225-7462 – lara@textoecia.com.br
Andréa Castro (71) 8197-3312 – andreacastro@textoecia.com.br

Daniela Lustosa
Assessora de Comunicação
PELOURINHO CULTURAL - IPAC
Secretaria de Cultura da Bahia - Secult
Contato: (71) 3117-1509/ (71) 9157-9717
E-mail: danielalustosa.ascom@gmail.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ANJO NEGRO

Como projeto de conclusão do Curso Livre de Teatro do SESC, a peça de Nelson Rodrigues é encenada pelos alunos.

CINE TEATRO SESC CASA DO COMÉRCIO

Salvador - BA

De 16 a 18/10, às 20h.
Entrada franca.

Lançamento de livro

Juca Rosa: um pai de santo na Corte imperial


Gabriela dos Reis Sampaio



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Sexta-feira , 16 de Outubro de 2009, às 18:00 hs


CEAO - Centro de Estudos Afro-Orientais


Pç. Inocêncio Galvão, 42, Largo Dois de Julho,


Salvador

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA INFORMA A AGENDA CULTURAL DO MÊS DE OUTUBRO/2009

22 de outubro, às 17h30

Palestra do engenheiro civil e sócio do IGHB, Manoel Bomfim Ribeiro sobre “As riquezas do Semi-Árido Brasileiro”.

26 de outubro, às 18h

Mesa Redonda, seguida do lançamento do livro Jorge Calmon: o jornalista (organizado pelo professor Edivaldo Machado Boaventura), com prefácio da professora Consuelo Pondé de Sena

Temas da Mesa Redonda:

  • Jorge Calmon e a Casa da Bahia (profa. Consuelo Pondé de Sena, presidente do IGHB)
  • Jorge Calmon e a Academia de Letras da Bahia (prof. Edivaldo Machado Boaventura)
  • Jorge Calmon e a Associação Baiana de Imprensa (jornalista Samuel Celestino)
  • O jornalista Jorge Calmon (jornalista Sérgio Mattos)
  • O amigo Jorge Calmon (doutor Afonso Maciel Neto)

27 de outubro, às 17h

Conferência do historiador/pesquisador José Dionísio Nóbrega sob o tema: Euclides da Cunha e os Sertões de Canudos. O grupo musical Chorões do Cumbe fará a abertura e o encerramento do evento.

Já está exposta, no Museu do IGHB, a primeira edição de “Os Sertões” pertencente ao acervo pessoal do historiador.

TODOS OS EVENTOS TEM ENTRADA GRATUITA

PEDIMOS A GENTILEZA DE CONFIRMAR A PRESENÇA ATRAVÉS DE E-MAIL COM O TEMA DA PALESTRA

MAIS INFORMAÇÕES NO TEL. 71 3329 4463/6336

WWW.IGHB.ORG.BR

SEDE DO IGHB: AVENIDA 7 DE SETEMBRO, 94 A - CENTRO

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Perseguição e intolerância combatidas por Querino continuam no século XXI

Pastor evangélico tumultua Festival de Ifá e é detido em SP
Por: Redação - Fonte: Afropress: Foto - Assembléia Legislativa de S. Paulo - 19/9/2009

S. Paulo - O Festival Mundial de Ifá, que se realiza na Assembléia Legislativa de S. Paulo, com a presença do líder Mundial dos Bàbálawos, Àràbà Àgbáyé Awóyemi Àdìsà Awóreni, Òkè-Tasè Ilé Ifè, e de outras personalidades religiosas da Nigéria, foi interrompido na manhã desta sexta-feira (18/09), pelo pastor evangélico Orlando Leotério Torres, 57 anos, em mais um caso de intolerância às religiões de matriz africana.

Em julho passado, o pastor Tupirani da Hora Lores, 43 anos, e o estudante Afonso Henrique Alves Lobato, 26, ambos do Rio, se tornaram os primeiros presos no país pelo crime de intolerância religiosa. A dupla foi acusada de postar vídeos e textos na Internet incentivando a violência contra seguidores das religiões afro como a Umbanda e o Candomblé.

Fanatismo e intolerância

O ataque ao Festival Mundial de Ifá – oráculo que se desenvolveu na África Ocidental, especialmente nas regiões onde hoje estão localizados a Nigéria e o Benin e que foi trazido para o Brasil durante o período do escravismo – acabou na detenção do pastor, liberado depois do registro da ocorrência no 36º DP de Vila Mariana.

Por volta das 11h, Torrres chegou ao plenário Franco Montoro, onde se realiza o Festival, e aproveitando o momento em que a palavra foi aberta, passou a cantar e o hino "Glória, Glória Aleluia", tradicional entre os evangélicos de várias denominações. Exaltado, pregou em volta alta. “Todos vocês estão perdidos. Jesus é a única salvação. Ainda há tempo de serem salvos. Jesus está voltando e pode perdoar os seus pecados”, gritava, diante de uma platéia perplexa.

Em seguida dirigiu-se a mesa dos trabalhos e tentou entregar três exemplares da Bíblia aos religiosos. Diante do apelo das pessoas presentes por respeito, foi retirado do plenário com a intervenção do ativista João Bosco Coelho, que participava dos debates.

O caso terminou no 36º DP de Vila Mariana, onde foi registrado um Termo Circunstanciado por ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, crime previsto no art. 208 do Código Penal Brasileiro. Na Polícia, o pastor admitiu ter provocado constrangimentos, porém, disse não estar arrependido.

Transtornado

Segundo a advogada Ana Valéria Gunzburger, coordenadora de comunicação do Festival, o homem parecia transtornado. Gunzburger, mais Marli José da Silva Barbosa e Coelho, estiveram na Delegacia como testemunhas. O caso do pastor deverá ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal, com base na Lei 9099/95, por se tratar de crime com pena máxima inferior a 2 anos.

O artigo 208 do Código Penal pune com pena de um mês a um ano quem “escarnecer de alguém de alguém pulbicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.

Festival

O Festival Mundial de Ifá foi aberto na quinta-feira (16/09) e termina neste sábado (19/09), com palestras, debates e apresentações artísticas.

O Ifá é um oráculo que desenvolveu-se na África Ocidental, especialmente nas regiões onde hoje estão localizados a Nigéria e o Benin. O culto a Ifá, porta-voz e intérprete dos orixás, chegou a Cuba e ao Brasil no século XIX, com os escravos nagô.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Negro é uma construção social, afirma especialista do IBGE

JORNAL A TARDE 27/09/2009 às 18:52

Brasília - Desde o século 19, o Brasil procura fazer um levantamento, por meio do censo, da cor da população. Na semana passada, pela primeira vez na história, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou que mais da metade dos brasileiros é formada por pessoas com a cor de pele parda ou preta (50,6%).

O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e se baseia na autodeclaração ou “autoclassificação” como prefere dizer Ana Lúcia Sabóia, chefe da Divisão de Indicadores Sociais do instituto.

O critério de autoclassificação é recomendado internacionalmente e apontado como alternativa menos subjetiva para definir a cor de uma pessoa.

Na entrevista abaixo, feita antes da divulgação da nova Pnad, a técnica do IBGE explica como é o procedimento de pesquisa:

Agência Brasil: Como funciona a coleta de informação sobre cor e raça?

Ana Lúcia Sabóia: Essa informação é coletada com os moradores do domicílio. É feita a pergunta 'qual é a sua cor?' A pessoa responde branca, preta, parda, amarela (para quem tem origem asiática) e indígena.

ABr: O quadrinho de preto e pardo não é o mesmo?

Ana Lúcia: Não, são separados. O sistema de classificação de categorias do IBGE está dividido nessas cinco opções. Nós chamamos esse sistema de autoclassificação. A pessoa entrevistada é que diz a sua cor. Se ela responde uma cor diferente destas cinco categorias, é pedido que se inclua em uma das categorias. É muito simples e claro, é a pessoa que se define, não é o entrevistador. Essa é a instrução para todas as pesquisas domiciliares do IBGE. Todas elas coletam a variável cor: a Pesquisa Mensal de Emprego [PME], a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar [Pnad], a Pesquisa de Orçamentos Familiares [POF] e o Censo Demográfico.

ABr: Desde quando se pesquisa a cor da população brasileira?

Ana Lúcia: O Brasil conta com uma série histórica muito longa de coleta sobre a cor das pessoas. Desde o primeiro censo, no início do século 19, nós temos informações. Salvo o censo de 1970, que não conteve esse item. No censo de 2010 essa pergunta estará no mesmo nível de idade e sexo, e a cor será perguntada para toda a população.

ABr: E quando quem responde o questionário é apenas uma pessoa do domicílio, ela informa a cor de toda a família?

Ana Lúcia: A instrução dada aos recenseadores e aos agentes das coletas usuais é que se colete a informação diretamente com cada um dos moradores. Nós sabemos, no entanto, que isso não é possível na maioria dos casos. É raro entrar em um domicílio quando estejam todos os moradores. Existe a possibilidade que a pessoa entrevistada acabe não respondendo exatamente como cada membro do domicílio gostaria de ser identificado.

ABr: Isso pode comprometer os resultados?

Ana Lúcia: O sistema que nós temos utilizado tem sido muito consistente ao longo desses anos. Obviamente estamos sempre fazendo reavaliações, pelos nossos estudos internos, existe bastante consistência e coerência mesmo quando existe declaração de cor para diferentes membros no domicílio.

ABr: O procedimento de autodeclaração é recomendado internacionalmente?

Ana Lúcia: Sim, é uma questão de autopercepção e sempre relacional. Você se considera de uma cor olhando para as pessoas. A recomendação da ONU [Organização das Nações Unidas] é de que as pessoas devem se autoclassificar. Existe em cada sociedade valorações diferentes de cor. Países como a Inglaterra, Estados Unidos e Canadá fazem como o Brasil. Nos Estados Unidos ainda perguntam qual a origem e daí é possível ter a classificação 'branco com origem anglo-saxão' ou 'branco com origem mexicana', por exemplo.

ABr: Costumamos ouvir que o Brasil é o segundo país do mundo com mais negros. É precisa essa informação?

Ana Lúcia: Não há como dizer qual que é a classificação correta. A categoria parda é bastante abrangente no Brasil. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a pessoa que se diz parda não tem origem afrodescendente, mas dos colonizadores que passaram lá junto com os indígenas. O mesmo pode acontecer com uma pessoa que tem origem asiática e branca. Como a pele não é exatamente branca ou amarela, ela pode se classificar como parda. Essa categoria é uma categoria muito ampla, muito abrangente, na qual as pessoas se classificam tendo origem diferente.

ABr:
Ao dizer negro estamos juntando as categorias preto e pardo?

Ana Lúcia: Os indicadores relativos a essas populações são semelhantes e muito diferentes dos brancos. Se você quiser ser preciso você não deve chamar de negro porque não existe uma classificação. Nós chamamos de preto ou pardo. Cor você não chama de negro, você não diz estou com uma blusa negra, diz estou com uma blusa preta. Negro é uma construção social, é uma identificação que não é exatamente a cor da pele. O nosso sistema é um pouco híbrido tem a cor da pele, mas tem a origem quando estabelece indígena e amarelo.

ABr:
É justo fazer políticas afirmativas com base em critérios raciais?

Ana Lúcia: As políticas de afirmação conseguiram, em alguns países onde havia discriminação, quebrar um ciclo que estava cristalizado. Eu sou favorável às políticas de afirmação. As dúvidas são pequenas perto da série histórica que a gente tem, da consistência intra-geográfica e intergeográfica. Então, sabidamente, no Sudeste e no Sul há mais pessoas que se declaram de cor branca, diferentemente das pessoas no Norte e Nordeste. Eu sou muito favorável às políticas de cota para os que estão aquém no desenvolvimento social.