O que eu vi desenganou minha mente de muitos erros em relação à África. A cidade [de Abeokuta] se estende ao longo da margem do Rio Ogum para cerca de seis quilômetros e tem uma população de aproximadamente 200 mil(...) Em vez de selvagens nus e preguiçosos, que viviam da produção espontânea da terra, vi pessoas vestidas e trabalhadoras (...) produzindo tudo que era necessário para seu conforto físico. Os homens são pedreiros, ferreiros, carpinteiros, cesteiros, entalhadores de cabaças, tecelões, chapeleiros, fabricantes de esteiras, comerciantes, barbeiros, alfaiates, agricultores e trabalhadores em couro e marroquim, fazem navalhas, espadas, facas, enxadas, podões, machados, pontas de seta e estribos(...) as mulheres (...) muito diligentemente seguem as atividades que lhes são atribuídas por costume. Elas se dedicam à fiação e tecelagem, são comerciantes e cozinheiras e tingem tecidos de algodão. Elas também produzem sabão, tintas, dendê, óleo de amendoim e todo tipo de cerâmica nativa e muitas outras coisas usadas no país. Era uma cidade grande parecida com aquelas que já conhecia.
--R.H. Stone (missionário norte-americano), meados do século XIX
Nenhum comentário:
Postar um comentário