As perspectivas do livro Travessias no Atlântico Negro. Reflexões sobre Booker T. Washington e Manuel R. Querino (Salvador: EDUFBA, 2020), recém-lançado pela professora doutora Sabrina Gledhill, são alvissareiras. Lançado, há alguns meses, no formato e-book, o livro foi, depois, impresso e recebeu a chancela da editora da UFBA. Rica de informações novas e bem escrita, a obra da professora Gledhill trata de dois personagens, um brasileiro e o outro norte-americano, do final do século XIX e início do século XX, que contribuíram com estudos sobre a herança africana na cultura de seus países e que foram vítimas do apagamento perverso das contribuições que deram.
Este blog é uma homenagem à vida, a obra e as causas do artista, abolicionista, jornalista, líder operário, político, educador, professor de desenho industrial e pesquisador, fundador da historiografia da arte baiana, defensor dos terreiros de Candomblé, inspiração de Pedro Archanjo (protagonista de Tenda dos Milagres) e o primeiro intelectual afro-brasileiro a destacar a contribuição do africano à civilização brasileira. Fornece um crescente acervo de textos de e relacionados a Querino
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
Gledhill se reúne com Querino e Washington
A britânica Sabrina Gledhill é, ouso informar, mais baiana do que muitos de nós que nasceram na Bahia, isso porque, além das duas filhas brasileiras, a autora de Travessias no Atlântico Negro mergulhou fundo em nossa cultura. Ademais, nos anos em que viveu em Salvador – ora vive em Birmingham, na Inglaterra –, atuou como tradutora (contribuiu para a coleção dos livros do Prêmio Clarival do Prado Valadares, da Fundação Emílio Odebrecht) e como curadora do projetos culturais, dentre os quais a restauração do Cemitério dos Ingleses, na Ladeira da Vitória.
O professor Luis Henrique Dias Tavares (1926-2020) nutria apreço e admiração pela estudiosa que a Inglaterra emprestou à Bahia e, no meu caso, nossa aproximação foi por causa de Querino e do fotógrafo inglês Benjamin Robert Mulock (1829-1863), que viveu em Salvador e legou rica iconografia à posteridade. Ademais, Querino foi professor (no Liceu de Artes e Ofícios) de Arthur Arezio da Fonseca (1873-1940), gráfico, editor e escritor baiano que estudei e sobre quem publiquei livro a respeito.
A propósito de Querino e Arezio, em 2023, transcorre o centenário da morte do primeiro, o que coincide com a mesma celebração de Ruy Barbosa; quanto a Arezio, em 2023, comemoraremos os 150 anos da data de seu nascimento.
Oxalá festejemos!
Luis Guilherme Pontes Tavares
23 de novembro de 2020
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