quarta-feira, 25 de maio de 2011

Arte e Cultura na Diáspora

Ontem, no dia 24 de maio, às 17h, no Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro da UFBA, Canela), foi lançado o DVD Arte e Cultura na Diáspora. O projeto, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Cultural, teve como principal objetivo a realização de dez vídeos documentários de quinze minutos sobre a vida e obra de importantes artistas baianos afro-descendentes das áreas de música, literatura e artes plásticas. Os DVDs produzidos serão distribuídos a mil professores de escolas da rede municipal e estadual de ensino, atingindo um contingente estimado de 100 mil alunos baianos. Todos os professores presentes ao lançamento receberão gratuitamente o DVD do projeto.

Entre as personagens escolhidas para dar nome aos títulos dos vídeos estão: Dorival Caymmi, Tia Ciata (e o samba da Bahia) e Assis Valente (na área da Música); Edison Carneiro, Manuel Querino e Pedro Kilkerry (na área das Letras) e Rubem Valentim, Mestre Didi, Emanuel Araújo e Juarez Paraíso (na área das Artes Plásticas). O vídeos serão acompanhados também de uma apostila elaborada pelo dramaturgo e roteirista João Sanches com a supervisão da escritora e professora da UFBA Cleise Mendes, contendo uma proposta metodológica para utilização dos conteúdos dos filmes em sala de aula. Dirigidos por Paulo Dourado e apresentados pelos atores Mariana Freire, Dody Só e Caio Rodrigo, os vídeos possuem depoimentos de estudiosos, intelectuais, artistas e conhecidos professores universitários.

Arte e Cultura na Diáspora

terça-feira, 24 de maio de 2011

Abdias do Nascimento morre aos 97 anos


Morreu na manhã desta terça-feira, 24, no Rio de Janeiro, o escritor, político, jornalista, artista plástico, poeta, ator e diretor teatral Abdias do Nascimento. Abdias foi um dos maiores expoentes do país da luta contra a discriminação racial e pela valorização da cultura negra.
Nascido na cidade de Franca (SP), em 14 de março de 1914, o professor foi o criador do chamado Teatro Experimental do Negro, que promoveu, a partir de 1944, a inserção do artista afrodescendente no cenário teatral brasileiro. No campo da política, iniciou sua atividade em 1930 na Frente Negra Brasileira e, posteriormente, na organização do 1º Congresso Afro-Campineiro, que tinha por objetivo discutir políticas de combate à discriminação racial.
Por conta da perseguição política, o professor esteve exilado por 13 anos, quando passou pelo Caribe, pela África e pelos Estados Unidos, foi professor universitário e escreveu uma série de livros sobre discriminação racial. Na volta, exerceu os cargos de deputado e senador,além de ter sido secretário de estado de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras, no Rio de Janeiro, e de Direitos Humanos, em São Paulo.
No campo das artes, foi pioneiro ao atuar e dirigir um espetáculo que teve como tema elementos da religiosidade afro-brasileira, no espetáculo Aruanda, de Joquim Ribeiro. Como jornalista, Abdias comandou, entre 1948 e 1951, o jornla Quilombo, órgao que se voltada para notícias de diversos movientos negros. Mais tarde, em 1961, como resultado da atuação no teatro e no jornalismo, lança dois livros: Damas para Negros e Prólogos para Brancos, que reúnem peças nacionais sobre a cultura negra, encenadas pelo Teatro Experimental do Negro.
Abdias deixa a esposa Elisa Larkin, um filho e incontáveis seguidores. A família ainda não informou quando será o enterro.
As informações são do blog Correio Nagô.


Site em homenagem aos 90 anos do escritor: www.abdias.com.br
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Abdias_do_Nascimento